2006/07/02

história da mulher e seus cães


Nada me tira mais do sério do que, depois das novenas, haver sempre algum pedinte à porta dos templos. Como que se aproveitam do facto de sairmos mais purgados depois das homilías para que o acto de estender a mão se torne num gesto de comiseração omnipresente. Cambada de inúteis. Nem à missa vão! Dinheiro nestes dias, só para as oferendas! Só dou cá fora se me passarem recibo.

Esta mulher estava ocupando o lugar de um desses hereges sem escrúpulos que se aproveitam da bonomia alheia para transformar um local sagrado num mini-circo. De mão estendida, sem dizer nada. Um dos cães cantava. O outro jogava à bola e o outro não fazia nada. Depois da mulher receber alguns trocos e depois dos fieis abandonarem o recinto, este terceiro, reunia o soldo numa caixa e dava ordem de partida para a próxima igreja mais perto dali.

A pantomina continuará dentro de momentos...