2006/08/16

menina séria procura companheiro

2006/08/02

amemos os animais


Aquando das minhas deambulações matinais, em busca de algo que me alimente não só esta carcaça decrépita, como também a alma, deparo não poucas vezes com gente benemérita para com toda a fauna que pulula nas nossas urbes. Gente que confunde o pão com o milho, o bacalhau com a petinga ou até umas barriguinhas com aparas de carne. Tudo em prol dos animais, esses nossos amigos, que enfeitam e distribuem vitalidade pelas nossas ruas, praças, becos e vielas. E vejo-as tão abnegadas, distribuindo em restos em tupperwares imundos de gorduras e pedaços de bolorentas doses de pão ressequido, as peganhentas doses de chicharros nauseabundos e tesos pela secura, fragmentos de verduras, puré de batata e pastas viscosas que o cheiro e a visão não permitem desrutinar a sua génese. Depois é ver essas mesmas almas, clamando as atenções dos "pilotos", "piruças" e outros seres alados, ululando pelos seus nomes, na esperança de receber em troca um abanar de cauda, um doce ronronar ou meia duzia de caganitas nos xailes puídos e desgastados com o tempo.

"São criaturas de Deus", dizem. Eu continuo a achar que tanto desperdício de comida fazia mais falta aos pretinhos, coitadinhos, que anseiam ávidamente por mais comida e menos intenções. Mas cada um prestará as contas que tiver que prestar ao Nosso Senhor.

2006/07/25

falta de boas maneiras


Estamos a falar do maior problema dos portugueses: a má educação. A julgar pelos mails que tenho recebido, sempre mal criados e cheios de erros ortográficos, este país está cada vez pior. Caros senhores que passarem por este blog. Antes de tecerem considerações javardas lembrem-se que a boa educação fica bem a toda a gente, repito, A TODA A GENTE.

2006/07/24

os gatinhos são nossos amigos


Adoro gatos. Pela companhia que fazem. Pelos bons momentos que proporcionam. E porque caçam ratos. Não gosto de ratos. Metem-me nojo, credo! Quando era pequena, tinha muitos gatos. Quanto mais gatos tinha mais gatos fugiam de casa e mais gatos me apareciam outra vez. Ontem falei com uma prima minha, já de provecta idade e ela disse-me que eu era muito marota com eles. Passava o tempo todo a brincar com eles, a atar-lhes as patas e a dar-lhes chuveiradas nos focinhos. Adorava pôr-lhes fita cola no lombo para os ver a andar como se carregassem os pecados do mundo às costas. E gostava muito de os preparar para grandes correrias. Quando chegava o carnaval ou os santos populares, atava-lhes um fio no rabo com bombinhas de S.João para que eles corressem muito, era tão giro. Alguns corriam tanto que nunca mais me viam, coitadinhos. E eu ficava muito triste, pois na minha ingenuidade de criança de desasseis aninhos, achava que se me fugiam alguém lhes poderia fazer mal. Podiam ser apanhados por algum chinês e virarem "chop-suei" de qualquer coisa. Agora não tenho gatos mas gostava de ter. Prefiro cães. Os gatos largam muito pêlo e quando estão com o cio são muito chatos. Só com uma pedrada no focinho é que se calam.

saudades do homem amado


A saudade é a coisa que mais dói às pessoas: mesmo mais que o amor não encontrado. Esperar o seu amor que vem de barco e ter à bela perna a mãe omnipresente costuma ser outra tarefa desgostosa. Não há amor que resista a uma ausência nem conjunção de carnes que subsista a duas mulheres. Há quem chame a isto menagem. Outros chamam-lhe duas em uma mas esses são os mal intencionados, os maldosos, os sacanas dos invejosos.

mitos vivos!


De há já uns anos a esta parte, o culto do desgraçadinho tem conhecido um crescendo cada vez maior. Há por aí uns sujeitos à solta, armados em senhores da fotografia que são os culpados deste boom de imagens repletas de crostas e pus, de piolhos e chagas e de insuficiencias e maleitas alheias e que a troco de nada - mas sempre com o propósito de apontar o dedo às consciências de todos - vão mostrando aqui e ali estes nojos da sociedade. Toda a gente conhece o "emplastro". Cada cidade tem o seu. Desconheço as razões que estão por detrás destas manifestações de exposição pública. Repreendo toda e qualquer situação que evolua no sentido da mostra de carne gratuita e muito sinceramente, como senhora da sociedade em que vivo, repugna-me terminantemente estas situações de aproveitamento social. Fotografem florzinhas. Há tanta paisagem bonita por aí. E gatinhos tão lindos. Mas deixem a dignidade destes seres em paz. Por favor.

2006/07/23

baptismo de cultura


Metem nojo aquelas pessoas armadas em cultas sempre a presumir em superiores dizendo ter lido isto e aquilo, que gostam de música clássica e coisas do género, pensando assim ser mais espertos que os outros. Tal gente fede: são mal arranjados, despenteados, de roupas desmazeladas, feias, amarrotadas, óculos do século passado e cabelos polvilhados a caspa. As mulheres têm cara de encalhadas, os homens de homossexuais envergonhados, e arrastam-se em grupelhos pelos concertos e exposições de arte com ares inteligentes de pacote em conversas mais desenxabidas que comida vegetariana. Quem lhes espetasse com um pano encharcado nas ventas…

2006/07/20

santidades


Apraz realçar neste parágrafo o culto da santidade. A massa sedenta de simbologias e práticas religiosas, remete o seu comportamento para os eflúvios da multiplicação de penitencias com o objecto final de se aproximar da presença divina e salvaguardar o seu assento na caterese da eternidade, caminhando muitas vezes para tristes consequências comportamentais que a identifiquem com o símbolo em questão. Só assim se compreende a simbiose entre o crente e o seu símbolo orientador, bem como as suas representações alegóricas terrenas.

2006/07/18

a ronalda


Para se ser bela basta namorar um jogador de futebol. Para se ser inteligente basta tirar a 4ª classe e apresentar programas de televisão.

2006/07/17

história do homem que fugia


Era uma vez um homem que se fartava de fugir. Fugia tanto em cada dia que no seu aniversário seguinte já não se lembrava nem por onde nem porque tinha começado a fugir. Alvíssaras a quem o encontrar fugido.

2006/07/16

o voyeur


Era uma vez um homem que estava à janela e como não tinha nada paa fazer pos-se a fazer fotografias das gajas que passavam. Quando a mulher chegou a casa e viu o que ele estava a fazer decidiu fazer o mesmo: comprou uma máquina digital e fotografava todos os gajos que passavam. Mas como os gajos que passavam achavam aquilo muito estranho passaram também eles a trazer as suas máquina fotográfica para fotografar o casal fotografador. Só as gajas que eram fotografadas não fotografavam porque não sabiam como fotografar. Daqui que se pode concluir que gaja fotógrafa é coisa que não há e assim acaba esta lição de vida.

2006/07/11

sobre a fome no mundo



Está um calor danado lá fora. Falar de fome, faz emergir imagens de África, que é um sítio onde há fome, animais selvagens, desertos e fome. E pretos. Muitos pretos. Pretos de todas as raças. Como os animais. Há lá mais animais do que nos Jardins Zoológicos. Esses animais, têm uma resistência à falta de comida muito grande. Quando comem, fazem-no como se o mundo acabasse amanhã e se lhes acabasse a caça. Fazem como os pretos. Comem como uns javardos como se não houvesse amanhã e são preguiçosos para ir às compras ou ir à caça. Por isso mandam as mulheres. Estas, ou são comidas pelos animais durante o percurso, ou são comidas por outros pretos, ou então perdem-se a fazer compras de coisas que não lhes interessa para nada nem dão para matar a fome. Por isso há fome em África. E lá também faz mais calor do que cá.

2006/07/07

o gigolo da aldeia



Aquele que mais engata a si se trata!

2006/07/06

tudo por causa da bola

É deprimente verificar que a nossa sociedade se degrada a olhos vistos, os valores perdem-se a cada canto e esquina e o respeito pelas instituições já não é o mesmo de outrora. Em tempos idos, o séquito procissional incutia nas pessoas um recolhimento tal, que até as moscas pareciam compreender. Hoje já não é assim, e é comum admirarmos actividades paralelas a situações cujo decoro se impunha. Escuteiros a jogar à bola durante uma celebração religiosa... Este mundo está perdido. Cambada de hereges.

2006/07/04

o charme discreto da embriaguez


Há pessoas muito mal formadas. O estado de borracheira é lamentável a todas as pessoas e ainda mais àquelas que as acham sujeito de riso. Eis como os ridentes se tornam mais lamentavelmente ridículos que os objectos medonhos do riso.

2006/07/03

imagina-se a comer isto?


Numa altura em que todos procuramos nos hipermercados marcas de qualidade, sêlos da CEE e mais não sei quantos "quid pro quo"'s descritos nos ingredientes das embalagens, e onde tudo flutua em volta de preceitos de qualidade e arte de bem fazer as coisas, vejo-me intrigada com a realidade nua e crua de que alguns métodos artesanais ainda tentam vingar para nos invadirem as dispensas de produtos de cariz duvidoso.
Isto parece tratar-se de uma salina. Não me quero imaginar a deglutir ou condimentar os alimentos que confecciono lá em casa, para mim e para os meus, pois a imagem faz-me sentir um asco tremendo. Os senhores do governo deveriam estar atentos aos métodos de produção destes bens ditos nacionais e puros. Não é nas lamas e com os pés descalços que este país vai para a frente.

2006/07/02

o mundo aos olhos de liliputianos



Hoje estive a ver uma criança. Amanhã não sei se verei. Assim é este mundo aos olhos liliputianos.

história da mulher e seus cães


Nada me tira mais do sério do que, depois das novenas, haver sempre algum pedinte à porta dos templos. Como que se aproveitam do facto de sairmos mais purgados depois das homilías para que o acto de estender a mão se torne num gesto de comiseração omnipresente. Cambada de inúteis. Nem à missa vão! Dinheiro nestes dias, só para as oferendas! Só dou cá fora se me passarem recibo.

Esta mulher estava ocupando o lugar de um desses hereges sem escrúpulos que se aproveitam da bonomia alheia para transformar um local sagrado num mini-circo. De mão estendida, sem dizer nada. Um dos cães cantava. O outro jogava à bola e o outro não fazia nada. Depois da mulher receber alguns trocos e depois dos fieis abandonarem o recinto, este terceiro, reunia o soldo numa caixa e dava ordem de partida para a próxima igreja mais perto dali.

A pantomina continuará dentro de momentos...

2006/06/29

etiqueta & boas maneiras


É triste ver como as pessoas nao têm cuidado nenhum à mesa. Ver o bolo alimentar dos que se alimentam alarvemente é um dos mais tristes espectáculos que a raça humana pode proporcionar. Por favor comam de boca fechada e pouca quantidade. A boçalidade é coisa para povos do 3º mundo....quando podem comer.

2006/06/28

cozinha a pó e a esterco


Nada há mais abominável do que manifestações da populaça em praça pública, com arremedos de excursão parôla ou reunião patêga em torno de uma ideia estúpida qualquer, cuja súmula se predispõe a uma pletora infindável de onomatopeias soltas e incongruentes, culminando em mini-climaxes e pequenos extases de boçalidades infindáveis. Tristes os que se predispõem a este tipo de eventualidades, ou em última análise aos que anuem com as descargas de cloaca e histerismo colectivo.

2006/06/27

a apologia do caquético


A pior raça de gente é composta pelas velhas. São sujas, feias, ridículas, excedentárias e servem unicamente para actos risíveis e para depauperar com as suas reformas os cofres do estado. A segurança social, com milhões de velhas à perna, bem faria se lhes cortasse as reformas e a colocasse no mundo do trabalho. Há muita coisa para fazer além de andar com flores armadas em joviais.

2006/06/26

uma tarde bem passada com amigos


Valeu o esforço. Os nus bateram os vestidos sem apelo nem agravo. Desta feita sem a desautorização em forma de árbitro. No fim, todos seguiram o seu caminho. Aos vencidos, a honra de se debaterem galhardamente com uma das grande equipas da nossa era. Aos vencedores, os louros e a espectativa do próximo embate. São cinco de cada lado e a bola é de cada um. Muda aos três e acaba aos seis.

Os comentários foram feitos pelo vigário local.

a frieza do olhar


A bela senhora podia olhar a máquina com mais carinho. Não se percebe de outro modo que nao seja o da desconfiança. O mundo poderia ser melhor se a pessoas se amassem e não fossem cruas como a senhora da foto parece ser.